Alfred Hitchcok, mais conhecido como o mestre do suspense, dirigiu inúmeros sucessos cinematográficos como Os Pássaros, Um Corpo que Cai que foi eleito recentemente pela revista Sight and Sound o melhor filme de todos os tempos, Janela Indiscreta, e dentre outros. Mas, nenhum deles foi tão bem sucedido quanto
o clássico Psicose de 1960. O filme causou um grande impacto no público por matar a sua protagonista, Janet Leigh, na
primeira etapa da trama – em uma das cenas mais emblemáticas do cinema.
Hitch, como era conhecido, nunca esteve tão na moda quanto agora. O mestre do suspense foi tema de dois novos filmes no ano passado, The Girl, filme da HBO que conta como cineasta aterrorizou a atriz Tippi Hedren, de Os Pássaros, deixando claro que a atriz era uma espécie de objeto de obsessão do diretor, e Hitchcock, cinebiografia que retrata os bastidores de Psicose, trazendo Anthony Hopkins na pele de Hitchcock.
Independente das controvérsias que rondam atualmente a imagem do diretor, não dá para negar que Hitchcok era um gênio, tendo em Psicose a maior prova da sua genialidade, e a série Bates Motel do canal americano A&E, vem para contar em seus 10 primeiros episódios sobre a adolescência de Norman Bates e sua relação com sua mãe, antes do rapaz se transformar no assassino em série que o mundo conhece.
O filme Psicose foi inspirado na história de Ed Gein, assassino e ladrão de túmulos. O assassino que teria matado "apenas" duas mulheres, podendo assim nem ser chamado de "serial killer", inspirou não só o filme de Hitchcok, mas também O Massacre da Serra Elétrica. Inspirações à parte, vamos focar nesse piloto ótimo que aumentou ainda mais as minhas expectativas para esta série.
No final do filme Psicose, fomos informados que os problemas de Norman começaram logo após a morte do seu pai, e é justamente a partir deste momento que a série decidiu começar a jornada da adolescência do assassino. O jovem Norman é um rapaz de 17 anos carismático, que procurava se relacionar com outras pessoas, então fica ainda mais interessante descobrir o que foi que mudou a sua personalidade, se foi o relacionamento totalmente disfuncional com a sua mãe, ou quem sabe adentrar na possibilidade de uma pessoa já nascer psicopata.
Sejam quais forem os verdadeiros problemas que transformaram o jovem Bates no assassino que matou a facadas a protagonista Janet Leigh em Psicose, a série não pretende só focar no relacionamento entre Norman e sua mãe, mas também apresentar ao expectador minuciosamente essa mulher, uma vez que no filme ela é apenas uma figura fantasma da mente perturbada de Norman. Confesso que neste primeiro episódio a única coisa que não me agradou é o prelúdio se passar nos dias atuais, talvez porque o filme é da década de 60, mas isso não compromete em nada o piloto, é só uma questão de costume.
Uma coisa interessante sobre o filme Psicose é a liberdade criativa que ela proporciona aos roteiristas da série. Como a obra não apresenta muitas informações sobre a vida de Norman ou sobre a relação com a mãe, os roteiristas da série podem trilhar muitos caminhos diferentes na série, como o fato do rapaz achar um caderninho com desenhos de mangá com técnicas de tortura. São estas possibilidades que fazem a série ser ainda mais promissora.
Quanto a escolha do elenco não poderia ter ficado mais satisfeita. Vera Farmiga está fantástica como Norma Louise Bates. O olhar frio, os súbitos acessos de violência, ora sendo uma mãe carinhosa outra sendo uma mãe sufocante, tudo foi bem trabalhado pela atriz, sem em nenhum momento parecer caricata ou forçada demais a sua atuação. Freddie Highmore foi outra escolha acertada. A cena com Farmiga na janela, nos minutos finais do episódio, onde o jovem fala: "yes, mother" com um sorriso no rosto revela que além da incrível semelhança física com o ator Anthony Perkins, não poderia ser outro ator na pele do desajustado Norman Bates.
Não gostei muito do final, porque acredito a cena da janela seria perfeita para terminar o episódio, mas também não dá para negar que o final é cliffhanger interessante. Afinal, já seria o Norman com a sua primeira vítima ou quem sabe o dono do caderno? Tudo funcionou direitinho nesse primeiro episódio. Como o roteiro de Psicose é todo amarrado, até para os que se atrevem a refilmar o filme, não se tem muito que mudar nele, então é por isso que este piloto apresenta tudo sem ponta solta, e são incríveis as semelhanças com o filme, desde a construção do motel, bem fiel ao cenário do filme, quanto a casa da família, os quartos e muitas outras coisas.
Tudo até agora está excelente. A série conseguiu manter o suspense de roer as unhas, a ambientação condiz com o que foi apresentado no filme de 1960, o elenco liderado por Farmiga e Highmore não poderia ser melhor, e o roteiro fechado cheio de referências (quem não pulou de alegria com a cena das facadas?!) a um dos maiores clássicos da sétima arte fez valer a pena criar este prelúdio que mexe com uma das maiores obras de Hitchcok.
Hitch, como era conhecido, nunca esteve tão na moda quanto agora. O mestre do suspense foi tema de dois novos filmes no ano passado, The Girl, filme da HBO que conta como cineasta aterrorizou a atriz Tippi Hedren, de Os Pássaros, deixando claro que a atriz era uma espécie de objeto de obsessão do diretor, e Hitchcock, cinebiografia que retrata os bastidores de Psicose, trazendo Anthony Hopkins na pele de Hitchcock.
Independente das controvérsias que rondam atualmente a imagem do diretor, não dá para negar que Hitchcok era um gênio, tendo em Psicose a maior prova da sua genialidade, e a série Bates Motel do canal americano A&E, vem para contar em seus 10 primeiros episódios sobre a adolescência de Norman Bates e sua relação com sua mãe, antes do rapaz se transformar no assassino em série que o mundo conhece.
O filme Psicose foi inspirado na história de Ed Gein, assassino e ladrão de túmulos. O assassino que teria matado "apenas" duas mulheres, podendo assim nem ser chamado de "serial killer", inspirou não só o filme de Hitchcok, mas também O Massacre da Serra Elétrica. Inspirações à parte, vamos focar nesse piloto ótimo que aumentou ainda mais as minhas expectativas para esta série.
No final do filme Psicose, fomos informados que os problemas de Norman começaram logo após a morte do seu pai, e é justamente a partir deste momento que a série decidiu começar a jornada da adolescência do assassino. O jovem Norman é um rapaz de 17 anos carismático, que procurava se relacionar com outras pessoas, então fica ainda mais interessante descobrir o que foi que mudou a sua personalidade, se foi o relacionamento totalmente disfuncional com a sua mãe, ou quem sabe adentrar na possibilidade de uma pessoa já nascer psicopata.
Sejam quais forem os verdadeiros problemas que transformaram o jovem Bates no assassino que matou a facadas a protagonista Janet Leigh em Psicose, a série não pretende só focar no relacionamento entre Norman e sua mãe, mas também apresentar ao expectador minuciosamente essa mulher, uma vez que no filme ela é apenas uma figura fantasma da mente perturbada de Norman. Confesso que neste primeiro episódio a única coisa que não me agradou é o prelúdio se passar nos dias atuais, talvez porque o filme é da década de 60, mas isso não compromete em nada o piloto, é só uma questão de costume.
Uma coisa interessante sobre o filme Psicose é a liberdade criativa que ela proporciona aos roteiristas da série. Como a obra não apresenta muitas informações sobre a vida de Norman ou sobre a relação com a mãe, os roteiristas da série podem trilhar muitos caminhos diferentes na série, como o fato do rapaz achar um caderninho com desenhos de mangá com técnicas de tortura. São estas possibilidades que fazem a série ser ainda mais promissora.
Quanto a escolha do elenco não poderia ter ficado mais satisfeita. Vera Farmiga está fantástica como Norma Louise Bates. O olhar frio, os súbitos acessos de violência, ora sendo uma mãe carinhosa outra sendo uma mãe sufocante, tudo foi bem trabalhado pela atriz, sem em nenhum momento parecer caricata ou forçada demais a sua atuação. Freddie Highmore foi outra escolha acertada. A cena com Farmiga na janela, nos minutos finais do episódio, onde o jovem fala: "yes, mother" com um sorriso no rosto revela que além da incrível semelhança física com o ator Anthony Perkins, não poderia ser outro ator na pele do desajustado Norman Bates.
Não gostei muito do final, porque acredito a cena da janela seria perfeita para terminar o episódio, mas também não dá para negar que o final é cliffhanger interessante. Afinal, já seria o Norman com a sua primeira vítima ou quem sabe o dono do caderno? Tudo funcionou direitinho nesse primeiro episódio. Como o roteiro de Psicose é todo amarrado, até para os que se atrevem a refilmar o filme, não se tem muito que mudar nele, então é por isso que este piloto apresenta tudo sem ponta solta, e são incríveis as semelhanças com o filme, desde a construção do motel, bem fiel ao cenário do filme, quanto a casa da família, os quartos e muitas outras coisas.
Tudo até agora está excelente. A série conseguiu manter o suspense de roer as unhas, a ambientação condiz com o que foi apresentado no filme de 1960, o elenco liderado por Farmiga e Highmore não poderia ser melhor, e o roteiro fechado cheio de referências (quem não pulou de alegria com a cena das facadas?!) a um dos maiores clássicos da sétima arte fez valer a pena criar este prelúdio que mexe com uma das maiores obras de Hitchcok.