O menino que sobreviveu, cresceu. As perda e os perigos que rondaram a vida de Harry no decorrer dos seis filmes, também ficaram maiores. Neste penúltimo filme da saga mais lucrativa da história do cinema, Harry precisa ser mais do que um simples bruxo talentoso.
Harry Potter finalmente enfrenta Voldemort e conta com a ajuda dos inseparáveis companheiros, Hermione e Ron, para encontrar os Horcruxes, que representam o segredo da mortalidade e destruição de Voldemort. A missão obriga o trio a se afastar dos estudos em Hogwarts, a esta altura dominada, assim como o Ministério da Magia, por Voldemort e os Comensais da Morte.
Logo no começo já podemos perceber que aquela frase apresentada no quarto filme da saga, 'Tempos Difíceis estão por vir Harry', deixa de ser apenas uma frase para se tornar realidade. Voldemort se infiltrou no Ministério da Magia e não só os aliados/amigos de Harry como os trouxas também estão em perigo. Para ajudar Harry, Hermione (uma trouxa) resolve apagar todas as memórias de seus pais, fazendo-os esquecer dela. Apesar de Harry não ter crescido com o amor de seus pais, ele foi cercado por vários outros tipos de amor. A maior prova de amizade (na minha opinião) que vemos durante o filme é mais dolorosa. O que deixa mais claro de como as perdas ficaram maiores. Não só Hermione, mas Rony também deixa sua família para ajudar seu melhor amigo. Fico feliz em dizer que assim como os personagens cresceram e amadureceram, os atores também. Daniel Radcliffe têm aqui a atuação mais satisfatória de toda a saga. Rupert Grint finalmente consegue deixar de ser o amigo 'bobão' e dono das cenas engraçadas do filme e ganhou um tom mais sombrio e maduro. No entanto o filme é praticamente da Emma Watson. Nos momentos sombrios e poucos felizes que seguem durante o filme, Emma é a que mais surpreende. Helena Bonham Carter faz mais uma vez um excelente trabalho como Bellatrix Lestrange, no entanto ao dividir cena com a Watson, ela é superada pela jovem atriz. Ralph Fiennes como Voldemort consegue mais uma excelente atuação.
O diretor David Yates fez um trabalho fantástico. Quando pegou a direção do quinto filme ,'Ordem da Fênix', e continuou no sexto, eu me perguntava o que ele estava fazendo no cargo de diretor. Ambos foram os piores da saga. Fracos em adaptação e fraquíssimos em atuação. Apesar disso ele conseguiu ficar para dirigir os dois últimos filmes, algo que me deixou apavorada (como fã e 'crítica'). Contudo ao decidir dividir o livro em dois filmes, ele marcou alguns pontos, afinal quase duas horas e meia de projeção só para metade do livro, era praticamente como afirmar que este seria o mais fiel da saga. O filme também é excelente em questões dramáticas. Sendo a Part 1 com algumas, mas excelentes cenas de ação, praticamente o filme todo é dramático. Yates evoluiu muito como diretor da saga e, criou o filme para os fãs e críticos apreciarem.
Alguns desfechos vão se desvendar na Part 2. Talvez o ponto 'negativo' do filme, para quem não leu o livro, seja as questões que ainda não foram totalmente resolvidas e explicadas. Para estes restam esperar 15 Julho de 2011 para descobrir, enquanto para os outros, apreciem o melhor filme e o final épico do bruxinho que sobreviveu.
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