2013 está mesmo se tornando o ano dos seriais killers na televisão. Tivemos a estreia do ótimo Bates Motel, que foca na adolescência de Norman Bates, imortalizado no filme Psicose; a estreia da série do Kevin Bacon, The Following, que acabou se tornando uma obra medíocre e Ripper Street, produção britânica sobre Jack, o Estripador, assassino que aterrorizou Londres em 1888. E finalmente Hannibal, a aposta do canal americano NBC, que foca no relacionamento entre o investigador Will Graham e o psiquiatra forense dr. Hannibal Lecter.
Dr. Hannibal Lecter nasceu da mente criativa do escritor Thomas Harris, que surgiu pela primeira vez no livro Dragão Vermelho. Já no cinema Lecter apareceu em três adaptações, mas seu verdadeiro êxito mundial veio com O Silêncio dos Inocentes, sucesso de público e crítica, que entregou uma das maiores interpretações da história do cinema, com Sir Anthony Hopkins na pele do psicopata.
Como grande fã de Hopkins e do filme de 1991, confesso que estava muito ansiosa pela série da NBC, ainda mais depois que soube que o ator dinamarquês Mads Mikkelsen interpretaria Hannibal. O foco da série está no relacionamento entre Graham e Lecter, então quem está esperando um grande destaque em Lecter, como acontece em Dexter, acaba frustrado. Afinal, quando acompanhamos uma série sobre seriais killers é inevitável que a audiência queira conhecer o "vilão". Seu dia a dia, suas motivações e seu modus operandi atraem a curiosidade do público. Apesar de não ser um grande problema a série querer trabalhar o relacionamento entre os dois personagens principais, ao invés de somente trabalhar Hannibal.
Só que pelo piloto, a intenção da série é de estabelecer Will Graham como o principal protagonista. Os 20 minutos iniciais se concentram na construção de seu personagem, em que ele usa métodos quase psíquicos para traçar os perfis dos seriais killers. Mas, sendo sincera acho muito clichê que um determinado personagem na polícia seja um gênio porque consegue pensar que nem o psicopata. Sem falar na bagunça com que isso acontece.
Contudo, a série não parece ser uma série de ação. O que já é um ponto positivo. Lembra muito produções europeias, que tem como foco trabalhar o roteiro e as atuações, e não apenas encher o público com cenas apelativas de violência. Até agora, nenhum dos personagens consegue criar uma relação afetiva com o público, por mais que Mikkelsen consiga fazer um Hannibal bem carismático.
A estética visual feita por Bryan Fuller é muito bem feita. Quem já assistiu a série Pushing Daisies, sua obra mais conhecida, sabe que ele adora usar alterações de cores para explicar situações, personalidades e características de seus personagens. Em Hannibal ele faz isso com Graham, quando o investigador está em seus momentos lúcidos ou quando está perturbado.
Realmente é a vez dos psicopatas na televisão. Enquanto Dexter se encaminha para sua última temporada, as séries sobre Norman Bates e Hannibal Lecter começam a trilhar a passos largos e satisfatórios para se tornarem as principais referencias desse gênero que finalmente passou a ter vez na televisão.
Dr. Hannibal Lecter nasceu da mente criativa do escritor Thomas Harris, que surgiu pela primeira vez no livro Dragão Vermelho. Já no cinema Lecter apareceu em três adaptações, mas seu verdadeiro êxito mundial veio com O Silêncio dos Inocentes, sucesso de público e crítica, que entregou uma das maiores interpretações da história do cinema, com Sir Anthony Hopkins na pele do psicopata.
Como grande fã de Hopkins e do filme de 1991, confesso que estava muito ansiosa pela série da NBC, ainda mais depois que soube que o ator dinamarquês Mads Mikkelsen interpretaria Hannibal. O foco da série está no relacionamento entre Graham e Lecter, então quem está esperando um grande destaque em Lecter, como acontece em Dexter, acaba frustrado. Afinal, quando acompanhamos uma série sobre seriais killers é inevitável que a audiência queira conhecer o "vilão". Seu dia a dia, suas motivações e seu modus operandi atraem a curiosidade do público. Apesar de não ser um grande problema a série querer trabalhar o relacionamento entre os dois personagens principais, ao invés de somente trabalhar Hannibal.
Só que pelo piloto, a intenção da série é de estabelecer Will Graham como o principal protagonista. Os 20 minutos iniciais se concentram na construção de seu personagem, em que ele usa métodos quase psíquicos para traçar os perfis dos seriais killers. Mas, sendo sincera acho muito clichê que um determinado personagem na polícia seja um gênio porque consegue pensar que nem o psicopata. Sem falar na bagunça com que isso acontece.
Contudo, a série não parece ser uma série de ação. O que já é um ponto positivo. Lembra muito produções europeias, que tem como foco trabalhar o roteiro e as atuações, e não apenas encher o público com cenas apelativas de violência. Até agora, nenhum dos personagens consegue criar uma relação afetiva com o público, por mais que Mikkelsen consiga fazer um Hannibal bem carismático.
A estética visual feita por Bryan Fuller é muito bem feita. Quem já assistiu a série Pushing Daisies, sua obra mais conhecida, sabe que ele adora usar alterações de cores para explicar situações, personalidades e características de seus personagens. Em Hannibal ele faz isso com Graham, quando o investigador está em seus momentos lúcidos ou quando está perturbado.
Realmente é a vez dos psicopatas na televisão. Enquanto Dexter se encaminha para sua última temporada, as séries sobre Norman Bates e Hannibal Lecter começam a trilhar a passos largos e satisfatórios para se tornarem as principais referencias desse gênero que finalmente passou a ter vez na televisão.