Conhecido pelos seus ótimos filmes de drama, Joe Wright faz um excelente trabalho no thriller de ação Hanna!
Joe Wright sabe o que faz quando pega para dirigir um filme de gênero drama. Nomes como Orgulho e Preconceito e Desejo e Reparação são duas obras que confirmam o talento do diretor. Imaginar um diretor de tal calibre fazendo um thriller de ação parecia impossível, só que Wright faz de seu primeiro filme desse estilo uma obra de qualidade e inteligencia.
Criada em um remoto local na Finlândia, Hanna (Saoirse Ronan) foi treinada por seu pai (Eric Bana) de modo a se tornar uma exímia assassina. Ao alcançar a adolescência, a menina está ansiosa para descobrir o mundo, mas é enviada para executar uma difícil missão: matar uma implacável espiã da CIA (Cate Blanchett), companhia da qual seu pai é ex-agente. Para conquistar seu objetivo, ela enfrenta muitas aventuras, viajando pela África e Europa, escondendo-se de agentes e assassinos profissionais. Logo, porém, Hanna nota que há muitos segredos envolvidos em sua missão. Segredos que envolvem sua própria existência
O filme parece um conto de fadas, com claras referências ao universo mágico dos irmãos Grimm. Mas também é uma reflexão sobre o mundo da adolescência. É brilhante ver esse contraponto no filme, mostrando o amadurecimento. Outro ponto positivo do filme é a fantástica trilha sonora. O The Chemical Brothers fez um excelente trabalho e confesso que fazia tempo que não gostava tanto de uma trilha sonora em um filme.
Se a história do filme não convence, de certa forma, imaginem se a protagonista não passasse veracidade; mas não é o caso da ótima Saiorse Ronan. Ela está simplesmente fantástica. E é aqui onde Wright ganha ainda mais mérito, afinal foi ele quem descobriu a Ronan ainda pequena (lembram-se dela em Desejo e Reparação, onde ganhou merecidamente, uma indicação ao Oscar). A atriz alterna os vários momentos da personagem de uma maneira brilhante e merecia mais outra indicação em seu currículo. Atriz excelente!
Se Ronan é brilhante, sua antagonista também teria que ser, e é aí que entra a ótima Cate Blanchett. Blanchett está irreconhecível como Marissa, uma líder de um experimento feito, pelo governo, em bebês, onde já trabalhou junto com Erik (Eric Bana) o pai de Hanna. Outro ponto que preciso comentar é a direção de arte e a fotografia do filme. Sempre mostrando os sentimentos que a personagem da Saoirse passa.
Infelizmente um erro do filme foi a escolha do Eric Banna. Um ator fraco que se colocarmos ao lado da Cate e da Saoirse podemos ver que foi uma escolha equivocada para o personagem. Ele é o elo fraco do grupo, e infelizmente é por causa dele que o filme não beira a perfeição
Hanna lembra uma fábula, em uns momentos o filme é frio e calculista, como um bom filme de ação, e em outros ele consegue ser uma metáfora da adolescência, se tornando um bom drama. É certo dizer que Hanna tem uma proposta intrigante, mas é um filme tão misterioso, que mostra uma atmosfera entre o sonho e um pesadelo que merece ser visto.
Oi, encontrei o seu Blog e simplesmente amei! Eu assisto muito filmes, muito mesmo! Adoro! Tenho vários meios de manter meu vício, SkyHDTV, internet, revistas e o cinema mais próximo que infelizmente fica a 140km de onde moro! Mas quando se ama alguma coisa os obstáculos são incentivos!
ResponderExcluirMeus parabéns pelo seu trabalho espero que Você continue sempre! Muita sorte pra Você!
Lary, também gostei muito desse filme. A Saiorse Ronan está ótima como sempre.
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