Geralmente quase toda safra de filmes com temas sobre câncer sempre vem com o mesmo clichê de que o filme irá te levar a lágrimas. Com esse pensamento em mente, é surpreendente saber que 50% aborda um tema tão delicado de forma divertida e emocionante.
Inspirado em fatos reais. Adam (Joseph Gordon-Levitt) tem apenas 27 anos e descobre que está com câncer. O problema é que ele não fumava, não bebia e foi difícil entender porquê foi aparecer um tumor em sua vida. Mas para ajudar a enfrentar essa pedreira ele vai contar com a ajuda de seu melhor amigo Kyle (Seth Rogen), um cara muito alto astral, e também de uma analista (Anna Kendrick) que não é de se jogar fora. Dessa forma parece até que suas chances de sobrevivência em torno dos 50% não tão ruins assim. Será que não mesmo?
Baseado na história real de Will Reiser, um roteirista de Hollywood, o filme desenvolve as relações do filme de maneira brilhante, de forma que o câncer fique em segundo plano. Sabemos que ele está lá, mas o roteiro não se limita em fazer deste filme mais um filme sobre câncer. Fazer dele uma comédia dramática caba sendo criativo e inteligente. As partes cômicas são ótimas, e facilmente você se verá rindo em uma cena e em outra chorando, sem jamais se tornar exagerado. O filme nada mais é que uma comédia realista.
O que falar da atuação do ótimo Joseph Gordon-Levitt?! O ator alterna as emoções de Adam com maestria. Raspou a cabeça de verdade ao invés de optar por usar um capuz de recursos de maquiagem. Transformou-se de forma magnífica de um rapaz saudável para um rapaz que sofre de um câncer raríssimo nas costas. Sou grande fã do ator desde 500 Dias Com Ela, e aqui consegue mais uma excelente atuação, conseguindo sua segunda indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator.
Seth Rogen é outro que está ótimo no papel de grande amigo de Adam e também como o alívio cômico do filme. Não sou grande fã do ator, e o considero canastrão como Ashton Kutcher, mas Rogen fez um ótimo trabalho. Nos momentos sérios do filme, em que se exige uma atuação mais intensa e sincera, por incrível que pareça, o comediante se sai ótimo. Sem falar da química com Levitt, é muito bonita a relação de amigos/parceiros que os personagens possuem, e ela é trabalhada de forma humana.
Anna Kendrick mais uma vez excelente. Eu não sei como uma atriz de tal calibre faz parte da saga dos vampirinhos brilhantes, mas prefiro me esquecer disso e só lembrar de filmes como este. A psicóloga que ela constrói é doce e gentil, e fica fácil compreender e aceitar a o vinculo que ela cria com Adam. É como foi dito antes, as relações que compõe o roteiro são trabalhadas de formas magníficas, em todos os momentos do filme isso fica claro.
Vale apena mencionar as atuações da atriz Bryce Dallas Howard como a namorada chata do Adam. A atriz já vinha de uma ótima atuação em Histórias Cruzadas e aqui traz mais uma ótima atuação. E de Anjelica Huston, que passa com veracidade o sofrimento de uma mulher que tem um marido com Alzheimer e que descobre que o filho tem câncer.
Sem dúvida é para poucos fazer um filme sobre um tema tão delicado e complicado de forma divertida, mesmo sendo um divertido com humor negro. Com trilha sonora e fotografia marcante, junto com uma direção, roteiro e atuações ótimas, 50% infelizmente só chegará por aqui nas locadoras, mas fica a dica de um filme imperdível!
Concordo com tudo que você escreveu.Acabo de assistir o filme e fiquei emocionado, mas consegui rir muito também durante filme,ele faz que você sinta diversas emoções enquanto assiste.E outra coisa que adorei também foi a trilha sonora.
ResponderExcluirOBS:
Gostei do blog e da maneira como você escreve é algo natural e não forçado como alguns blogueiros por aí fazem, continue assim. = D