sábado, novembro 03, 2012

Crítica: Magic Mike (2012)

★★ Um filme de strippers, que tenta ser, digamos, mais significativo. 

Steven Soderbergh é um dos mais cultuados cineastas que andam em atividade atualmente. Ver seu nome relacionado a qualquer projeto é quase certeza de que no mínimo será uma experiência interessante. Infelizmente, Magic Mike passa longe disso. Este drama semi-biográfico da vida pregressa do ator Channing Tatum, não passa de uma comédia maçante, com péssimos atores, e com um Soderberg que parece mesmo ter perdido a mão de uns tempos para cá. 

Mike (Channing Tatum) é um experiente stripper, que está ensinando a um jovem a arte de seduzir as mulheres em um palco, de forma a conseguir delas o máximo possível de benefícios. Ao mesmo tempo que em passa seus conhecimentos para Adam (Alex Pettyfer), começa a se interessar pela a irmã dele, Brooke (Cody Horn). Com o tempo, Adam vai se mostrando cada vez mais confiante e deixa o dinheiro fácil subir na cabeça. Começa a lidar com drogas e a ignorar as pessoas próximas, mas ainda assim contará com a apoio de Mike e Brooke.

Apesar de lembrar comédias clássicas dos anos oitenta, que tinham classificam indicativa para maiores, Magic Mike tem climinha de “Sessão da tarde”. O roteiro é frágil e mal escrito, possuindo diálogos terríveis que ficam previsíveis no decorrer da projeção, tentou em alguns momentos fazer o expectador acreditar que por trás do filme com srippers, ele também retratava sobre a recessão que ainda assola os USA. O roteiro também tentou dá ao personagem de Channing Tatum, que aqui revela-se melhor stripper do que ator, alguma profundidade. São dele as frases surradas de para-choque de caminhão ("O que eu faço não é quem sou") e também parte dele a tentativa de criticar a crise financeira que ocorreu no País em 2008/2011, mas que poderia ter ficado subentendida, e não tão detalhada. O filme começa amoralista, tentando fazer quem assisti ao filme não julgue o trabalho dos rapazes, mas no decorrer da projeção vai perdendo o amoralismo, até seu final moralista, de que o amor supera e vence tudo.

O mais legal do filme são as coreografias sensuais do filme. Apesar de Tatum ser, obviamente, o melhor dançarino do grupo, assisti-los é divertido. Infelizmente, junto com o roteiro, os atores coadjuvantes são péssimos, alguns saídos de séries de tv e outro lá que nunca vi antes, se juntam com os inexpressivo Tatum, o sem talento Alex Pettyfer e a igualmente inexpressiva Cody Horn fazendo o filme ser ainda pior do que poderia ser. Matthew McConaughey é o único que parece abraçar seu personagem, apesar de não ser o melhor ator do mundo cinematográfico, mas passa veracidade como canastrão mor.

Magic Mike apenas funciona dentro da proposta der ser um filme para passar o tempo. É lamentável ver Soderbergh envolvido neste tipo filme e até já falam em continuação. Quem procura um filme que não possui tramas rasas, roteiro frágil e péssimos atores, sugiro que passe longe desse filme, enquanto todos torcemos por um filme mais digno do talento de Soderberg.

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