Quando Tina Fey e Amy Poehler subiram ao palco, na noite do Domingo (13), para apresentar a entrega dos 70º Globo de Ouro, não estava esperando uma premiação tão engraçada, divertida e imprevisível como foram a deste ano. A melhor dupla de comediantes femininas da atualidade apresentaram piadas mais interessantes e engraçadas, do que as velhas e cansativas "destiladas de veneno" do Ricky Gervais. Piadas como "disseram que realmente Kathryn Bigelow deve entender muito de tortura, já que afinal de contas, foi casada por três anos com James Cameron" - sobre o filme A Hora mais Escura, indicada ao prêmio de Melhor Filme em Drama, afinal todos sabem que Cameron é famoso por sua chatice e grosseria, ou "eu nunca vi alguém tão abandonado e sozinho desde que vi você no palco do Oscar com James Franco" - disse Fey para estrela Anne Hathaway, em referência ao papel da estrela em Os Miseráveis.
Mas, as piadas não foram a melhor coisa da festa, que é mais interessante que a do Oscar. O momento da noite, que, pelo menos para mim foi o mais marcante, foi o discurso da ótima Jodie Foster, que recebeu prêmio Cecil B. DeMille, pelo conjunto da obra. A atriz provocou risos (ao dizer não pretendia "sair do armário", ela já fez isso anos atrás) e choro ao falar, se dirigindo a sua mãe doente - "Eu te amo, eu te amo, eu te amo, e espero que, dizendo três vezes, isso
vai entrar mágica e perfeitamente na sua alma, encher você de graça e
alegria por saber que fez o bem nesta vida. Você é uma grande mãe. Por
favor, leve isso você quando estiver finalmente pronta para partir"
- deixando o palco sob aplausos, e as câmeras mostravam que parte do
público chorava. Um discurso incrível, corajoso e inesquecível.
Saindo um pouco deste discurso inebriante e das ótimas piadas das apresentadoras, vamos falar dos grandes vencedores da noite. A imprensa americana foi mais corajosa do que a Academia (só para variar), e premiou duplamente Ben Affleck com Melhor Diretor e Filme em Drama por Argo. Affleck ficou fora da lista do Oscar de Melhor Diretor, talvez o maior erro da academia deste ano. Argo acabou se tornando um concorrente forte para o Oscar, ainda mais porque ele também ganhou o prêmio da crítica. Ainda na categoria Drama, o prêmio de melhor atriz foi para Jessica Chastain, que despontou para fama ano passado, fazendo diversos filmes em muito pouco tempo. Gosto da atriz, que já foi indicada por Historias Cruzadas. O novo filme da Kathryn Bigelow sobre a caçada a Osama Bin Laden não é melhor que o Guerra ao Terror, e acredito que a atriz estava melhor em Histórias Cruzadas, do que A Hora Mais Escura.
Ainda comentando os filmes "políticos" da noite, temos Linconl, que mesmo sendo o melhor filme de Spielberg desde A Lista de Schindler, acabou sem levar Melhor Filme em Drama e perdeu em Melhor Diretor. E eu que já dava certo a vitória dele, ainda mais depois que o ex-presidente Clinton ter lhe apoiado. Ao menos, Daniel Day Lewis saiu de lá com o premio nas mãos. Seu trabalho como o 16º Presidente dos USA é tão superior aos demais concorrentes, uma atuação igual ao que Meryl Streep fez em A Dama de Ferro ano passado, que seria um escândalo não premiá-lo.
Os premiados em Drama me agradaram mais do que os de Comédia. Acredito que o mais merecido da noite nesta categoria tenha sido da o da ótima Jennifer Lawrence. Seu trabalho no filme O Lado Bom da Vida é inacreditável. Infelizmente, o filme que é igualmente ótimo abocanhou apenas este prêmio. A imprensa estrangeira elegeu Les Miserables, o musical do ano, como Melhor Filme em Comédia ou Musical, premiando também a Anne Hathaway (dizem que sua performance ao vivo e sofrida arranca lágrimas do público, ou seja, Ossscarrr) e Hugh Jackman.
* Valente ganhou Animação, mas Frankenweenie é bem mais superior em um ano sem muitas surpresas na categoria; Amor como Melhor Filme Estrangeiro merecidamente; Aventuras de Pi a melhor trilha musical, e premiaram novamente Christoph Waltz por Django. O ator quando dirigido por Tarantino é ótimo, contudo com outros diretores...
Na categoria TV, acredito que a imprensa estrangeira acertou em cheio nos premiados. Girls que é a série do momento levou melhor comédia e atriz com Lena Dunham. Lena atua, roteiriza e dirigi a série, que é um Sex and The City melhor e mais realista. Outra série do momento que também foi premiada foi Homeland. Ganhou melhor série em Drama e atriz e ator com Claire Danes e Damian Lewis. Teve ainda a genial Maggie Smith premiada pela série britânica Downtown Abbey, que está perdendo o que tinha de melhor, infelizmente; a ótima e sempre esquecida Juliane Moore por Game Change, onde ela interpreta a Sarah Palin.
Enfim, a imprensa estrangeira não fez feio, e apresentou uma festa engraçada, premiando quem realmente merecia ser premiado. E graças ao Globo de Ouro a corrida do Oscar não ficou nada muito óbvio, ao contrário, embolou o meio do campo. Poder ser que vença Argo ou Lincoln, ou até mesmo o ótimo Indomável Sonhadora, ou quem sabe sejam mais ousados e premiem o ótimo Amor, o que tornar a premiação mais interessante. E não é isso que os cinéfilos esperam destes prêmios?! Não se esqueçam do SAG Awards, 27 de Janeiro, às 23h, na TNT.
Saindo um pouco deste discurso inebriante e das ótimas piadas das apresentadoras, vamos falar dos grandes vencedores da noite. A imprensa americana foi mais corajosa do que a Academia (só para variar), e premiou duplamente Ben Affleck com Melhor Diretor e Filme em Drama por Argo. Affleck ficou fora da lista do Oscar de Melhor Diretor, talvez o maior erro da academia deste ano. Argo acabou se tornando um concorrente forte para o Oscar, ainda mais porque ele também ganhou o prêmio da crítica. Ainda na categoria Drama, o prêmio de melhor atriz foi para Jessica Chastain, que despontou para fama ano passado, fazendo diversos filmes em muito pouco tempo. Gosto da atriz, que já foi indicada por Historias Cruzadas. O novo filme da Kathryn Bigelow sobre a caçada a Osama Bin Laden não é melhor que o Guerra ao Terror, e acredito que a atriz estava melhor em Histórias Cruzadas, do que A Hora Mais Escura.
Ainda comentando os filmes "políticos" da noite, temos Linconl, que mesmo sendo o melhor filme de Spielberg desde A Lista de Schindler, acabou sem levar Melhor Filme em Drama e perdeu em Melhor Diretor. E eu que já dava certo a vitória dele, ainda mais depois que o ex-presidente Clinton ter lhe apoiado. Ao menos, Daniel Day Lewis saiu de lá com o premio nas mãos. Seu trabalho como o 16º Presidente dos USA é tão superior aos demais concorrentes, uma atuação igual ao que Meryl Streep fez em A Dama de Ferro ano passado, que seria um escândalo não premiá-lo.
Os premiados em Drama me agradaram mais do que os de Comédia. Acredito que o mais merecido da noite nesta categoria tenha sido da o da ótima Jennifer Lawrence. Seu trabalho no filme O Lado Bom da Vida é inacreditável. Infelizmente, o filme que é igualmente ótimo abocanhou apenas este prêmio. A imprensa estrangeira elegeu Les Miserables, o musical do ano, como Melhor Filme em Comédia ou Musical, premiando também a Anne Hathaway (dizem que sua performance ao vivo e sofrida arranca lágrimas do público, ou seja, Ossscarrr) e Hugh Jackman.
* Valente ganhou Animação, mas Frankenweenie é bem mais superior em um ano sem muitas surpresas na categoria; Amor como Melhor Filme Estrangeiro merecidamente; Aventuras de Pi a melhor trilha musical, e premiaram novamente Christoph Waltz por Django. O ator quando dirigido por Tarantino é ótimo, contudo com outros diretores...
Na categoria TV, acredito que a imprensa estrangeira acertou em cheio nos premiados. Girls que é a série do momento levou melhor comédia e atriz com Lena Dunham. Lena atua, roteiriza e dirigi a série, que é um Sex and The City melhor e mais realista. Outra série do momento que também foi premiada foi Homeland. Ganhou melhor série em Drama e atriz e ator com Claire Danes e Damian Lewis. Teve ainda a genial Maggie Smith premiada pela série britânica Downtown Abbey, que está perdendo o que tinha de melhor, infelizmente; a ótima e sempre esquecida Juliane Moore por Game Change, onde ela interpreta a Sarah Palin.
Enfim, a imprensa estrangeira não fez feio, e apresentou uma festa engraçada, premiando quem realmente merecia ser premiado. E graças ao Globo de Ouro a corrida do Oscar não ficou nada muito óbvio, ao contrário, embolou o meio do campo. Poder ser que vença Argo ou Lincoln, ou até mesmo o ótimo Indomável Sonhadora, ou quem sabe sejam mais ousados e premiem o ótimo Amor, o que tornar a premiação mais interessante. E não é isso que os cinéfilos esperam destes prêmios?! Não se esqueçam do SAG Awards, 27 de Janeiro, às 23h, na TNT.
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